O
valor que damos ao infortúnio
é
tão grande que, se dizemos
a
alguém “Como você é feliz!”,
em
geral somos contestados
NÃO É LUGAR-COMUM
DIZER que os povos aparentemente mais primitivos
demonstram ser mais felizes que a sociedade ocidental contemporânea. Muitos se
perguntam como pessoas que não têm nada ou quase nada podem ser mais
bem-humoradas do que outras
que trabalham para acumular todo tipo de bens.
Será
que a contestação, como diz Nietzsche, é uma marca de nossa
civilização?
Nas
conversas típicas do ambiente de trabalho, nos bares e nos
restaurantes as queixas são intermináveis: reclamamos das taxas
de juros, do custo de vida, do ruído e da poluição que assolam as
grandes cidades. Talvez não estejamos fazendo nada para remediar
esses fatores, mas gostamos de nos queixar, o que acaba gerando
angústia e estresse.
O
estresse não nasce das circunstâncias externas, mas da interpretação que
fazemos delas. Talvez o segredo da felicidade seja deixar
de nos preocuparmos com fatores e estatísticas que não dependem
de nós e nos divertirmos mais.
Trecho do livro: Nietzsche
para estressados
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