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21 de novembro de 2010

Dance com sua própria sombra...


Dançar é uma forma deliciosa de conhecer alguém. É íntimo, mas seguro. Se você não gosta da impressão que tem do parceiro de dança, é perfeitamente aceitável experimentar outro. Da mesma maneira, podemos conhecer mais quem somos quando nos dispomos a dançar com aquela parte de nós da qual normalmente fugimos, o componente da psique humana que os psicólogos chamam de nossa “sombra” ou lado “escuro”.
Parece sinistro, mas nosso lado de sombra só é escuro porque nunca acendemos a luz ali. Se acendêssemos, poderíamos ver talentos negligenciados e sonhos abandonados, além de uma diversidade de coisas que nossos pais desaprovavam. Poderíamos encontrar idéias novas demais, situações assustadoras demais, e conceitos que eram desafios grandes de mais para enfrentar no momento em que eles surgiram. Eficientemente enviadas para o nosso lado escuro, essas coisas o transformam num reservatório de poder aprisionado e de promessas... poder e promessas que você pode resgatar para criar sua vida encantada. No entanto, o fato de sufocar esses terrores e tesouros durante anos no mesmo compartimento mental faz com que a idéia de olhar para eles se transforme num projeto apavorante.
“Victoria Moran teve uma experiência arquitetônica do chamado lado escuro, quando ela e seu marido encontraram uma maravilhosa casa antiga, adoraram os cômodos, mas tinha um porão que poderia ter sido desenhado por Henrique VIII, era úmido, escuro e sujo. Entre os entulhos encontraram um jornal de 1918... prova de que poucas almas corajosas tinham se aventurado naquele buraco desde o armistício.
Seu marido ficou pensativo...Sabe, podíamos transformar isso aqui em um salão de recreação...secar tudo, raspar a tinta velha, pintar as paredes e o teto de branco, os canos de cores fortes. Podemos por uma quadra de basquete aqui e uma área de ginástica deste lado, a TV lá, uma mesa de jogo encostada naquela parede...
Dois meses de trabalho e cinquenta e quatro litros de tinta transformaram aquele calabouço na sala mais alegre e popular da casa “.
Como aquele porão árido, nossa sombra pode parecer feia à primeira vista, mas existe um tremendo potencial latente em todos os riscos que não corremos, e em todas as aventuras que não tivemos coragem de viver. Eles estão esperando dentro de nós para serem descobertos e transformados...ou para escurecer e se desmanchar como jornais velhos.
O que você tem escondido aí no escuro? Um talento artístico que algum professor um dia disse que “não chegaria a lugar nenhum?” O sonho de uma viagem a Roma que seu primeiro salário a convenceu de que não podia pagar, e que não valia a pena de qualquer modo?
Ponha uma música para tocar e finja que dança com sua sombra. Considere o que estava escondido lá. Toque, mas não chegue perto de mais. Isso é apenas uma dança, não um casamento. Você está conhecendo uma parte de você que era uma estranha até este momento.
Deve ir devagar.
Quando estiver à vontade com seu lado escuro, passará a operar como um ser humano mais completo. Seu lado ensolarado não terá de administrar tudo sozinho.
Terá o apoio e o estímulo de um parceiro forte e fascinante. E nessa dança é sempre você que conduz.

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